domingo, 27 de junho de 2010

comparação






















domingo de sol nas geraes

hoje estou me sentindo uma verdadeira Budapest
aquela que viveu dias de guerra
que foi completamente destruída
que viu seus prédios
seu povo
suas pontes perderem a conexão com o outro lado
bem às margens do imponente Danúbio...





















Danúbio... aquele que na música é azul
mas na realidade tem a cor dos meus olhos
disso eu me lembro bem

Budapest que se reinventou
se iluminou
se encheu de brilho e luz
mas que fez seus monumentos
para que seus moradores
e visitantes
não esquecessem sua história
de vida
morte
e ressurreição...













em mim a guerra já passou
já contabilizei os mortos e os feridos
vi o estrago do meu coração
e agora estou na fase de reconstruir
a cidade que habita dentro do meu ser

















a determinação é grande
mas quando o desanimo vem me visitar
sinto que minhas forças estão se acabando
e que morrerei antes de ver as luzes
se acenderem no meu céu...




















conseguirei saltitar pela enorme Heroes Square?
respirar o ar puro da Margit Hid?
ir e vir nas pontes que ligam Budha à Pest?
apreciar lá do alto da Citadella os meus pensamentos?
relaxar e me divertir no Thermas da ilha?
descer as imensas escadas rolantes que me levarão a caminhar rapidamente pelos meus sentimentos como fazem os trens do metrô?















tenho que aprender a me vestir adequadamente
para cada estação que surgir dentro de mim
roupas leves no verão escaldante
roupas que protegem no outono
roupas alegres na primavera
e roupas quentes no inverno
mas antes de me vestir
que eu tenha a sabedoria para sentir
para não me confundir e passar aperto com uma analise mal feita...
















ai ai...
então fico por aqui
reconstruindo a claudia
tendo como exemplo
aquela que me fez ver a vida de outra maneira
Budapest é o seu nome
minha musa inspiradora
que me encantou
marcou
e será lembrada com carinho
para sempre
SEMPRE!
















bondoso Deus me dê a mão
e me ajude a atravessar esse rio de perguntas sem respostas
amem.

ps. fiquei aqui pensando porque sempre volto para Budapest
e acho que a verdadeira mudança começou nela
meu foco se perdeu dentro dela
indo do tudo ao nada
da alegria à tristeza
num piscar de olhos
como se tivesse dormido nos céus
e acordasse no inferno
ir e depois ter que voltar
subir tão alto e depois despencar no abismo
de vida
sentimentos
pensamentos
enfim tudo que pensei ser o certo imutável
se transformou em infinitos
SE! SE. SE? SE...
que me atormentam todos os dias
com os inúmeros porquês
que eu não consigo responder
aceitar
conviver
lidar
e me libertar...

...

Um comentário:

Andrea Oliveira disse...

Que seja Budapest ou qualquer outro lugar ou pessoa. Mas tenha sempre algo ou alguem em quem se espelhar para buscar, sempre buscar, sempre crescer, sempre renovar, semper mudar!!!