terça-feira, 10 de novembro de 2009

George...













com as novas temporadas de volta
as noites estão mais interessantes
e a novela fica como última opção
mesmo assim
só as escritas pelo Manoel Carlos
pois as de Glória Perez não me pegam de jeito nenhum!

olha como eu sou traumatizada
não sei defender sem atacar
pra que falar mal das novelas de GP
se o meu assunto nem é este?

preciso mudar isso na minha vida com a máxima urgência!

voltando aos seriados...
quem fica e quem sai?
.







ontem duas horas de Grey's Anatomy
Izy sobreviveu à doença
e viveu momentos de profunda tristeza com a morte do amigo inseparável

George morreu...
que triste...
tão real como a vida
um cara legal, simples, meio atrapalhado, divertido e carismático
morreu...
não foi o chato e nem a malvada da série
foi o George...

sentada no sofá
não consegui conter as lágrimas
chorei não só a morte de George
mas de tantas outras...

achei interessante
pois eles mostraram de uma maneira bonita e real
a dor do luto
os dias se passando
a vida voltando ao normal
o tempo que cada um levou para deixar a "ficha" cair

uns simplesmente fingem que nada aconteceu
não choram
lotam suas agendas para não pensar na perda

outros arrumam um problema "maior" para pensar e resolver
como se quisessem lidar com a perda depois
mais tarde
agora não!
agora não...

e tem a hora em que todos se reúnem
e estranhamente começam a rir sem parar
debocham da própria dor
rindo sem parar
sofrendo sem querer...

nessas horas pensamos no futuro
nas nossas posturas
nas pessoas que amamos e que precisam de nós
em como vamos agir a partir dali...

é a hora em que todos os amigos se encontram
que param para refletir, lembrar
abraçar, chorar
dizer EU TE AMO

essa dor maldita
que já senti tantas vezes
é dura de roer
é mais cruel que as palavras
é mais impiedosa que os pensamentos...

não me lembro de ter me despedido de ninguém antes de sua partida
que triste...

a sensação de "volte o tempo por favor" é tão grande
os "porquês" pulam na nossa mente como pipoca
porque eu não falei?
porque eu não abracei?
porque eu não falei eu te amo?
porque não disse o quanto essa pessoa é "gente" pra mim?
porque ela foi embora?
porque fiquei sozinha?
porque não me levou?
P O R Q U E ???????

o luto não vivido
pode durar para sempre
junto com o remorso, a saudade, a tristeza, a revolta...

como praticamente uma "especialista" no assunto
eu digo que
viver o luto na hora certa é a melhor opção
quanto mais adiamos esse luto
mais difícil, amargurado e doído fica...

pois pode demorar minutos, dias e até anos
mas essas lágrimas vão cair
e a avalanche vai te derrubar
então quanto antes resolver essa perda
melhor será o seu presente...

a cura dos meus lutos
começou em fevereiro deste ano

ai que dor...
quase insuportável
enlouquecedora
sufocante...

depois de todos esses meses
espero estar chegando na última fase...

procurei e achei as cinco fases do luto
que deixo aqui registradas:

1 – Negação: “não, eu não merecia isso” e “isso não pode estar acontecendo” são exemplos de discursos dessa fase, na qual a pessoa nega, não aceita a situação. É a fase de maior sofrimento, em que a pessoa pode “sair do seu eixo”.

2 –
Raiva: nessa fase, o enlutado encoleriza-se e se rivaliza com a situação, com seu causador ou com o “pseudo-causador” (Deus, por ex.). Há um discurso de revolta contra si e contra todos, e se tenta achar um culpado para daí, poder passar para a próxima fase.

3 –
Barganha: tendo um “culpado”, imagina-se ser fácil uma troca, para se recuperar o “objeto de desejo”. “Talvez se eu agir desse ou daquele jeito, seja possível reverter a situação”. Num caso de falecimento, essa fase é a mais complicada de ser vivenciada, pois a pessoa já não está mais presente.

4 –
Depressão: como as tentativas de recuperação podem não dar certo, entra-se na 4a fase, na qual a pessoa se deprime, o que significa que ela se volta para dentro de si, e descobre que o inevitável existe, aconteceu. Chega-se ao “fundo do poço”. É a fase mais complicada pois, se a pessoa não tem uma estruturação psicológica adequada, pode adoecer de fato e precisar de ajuda profissional. Por outro lado, se está no fundo, só há um caminho a seguir: para cima. Então, essa fase é a que propicia a recuperação e o passamento para a última fase do luto.

5 –
Aceitação: recuperação do sofrimento, tendo-o vivenciado e lidado com a perda do “objeto amado”. Descobre-se que a vida é única e precisa continuar a ser vivida. Pode ser que tenha havido até uma “substituição” daquele outro “objeto”, mas é um paliativo, pois a perda ocorreu de fato. Aqui, a pessoa já está recuperada e integra em seu saber emocional mais esse aprendizado. O que não significa que, em outra situação de luto, ela não sofrerá, mas estará melhor preparada.


...

Um comentário:

Mônica Rodrigues disse...

Lembrei que vc falou que escreveu sobre isso e vim aqui procurar. Fui em 2009 e chutei o mês, e não é que eu achei o post rapidinho?
Vc me contou que ele ia morrer, e naquele mesmo dia mais tarde eu assisti. Era o próximo episódio! Que coisa né!
E eu chorei, chorei e chorei!
E mesmo sendo apenas um seriado, e mesmo sabendo que ele ia morrer eu fiquei chocada! Pensei que tem coisas para as quais nunca estamos preparados. Chorei como se eu conhecesse o George, como se ele EXISTISSE! Mas é claro que muitas lágrimas que estavam guardadas aproveitaram essa hora pra se soltarem!Ai, mas foi muito triste!
Perdi a vontade de ver o seriado, acho que estou na negação...rs
bjos